terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Memória de todas as outras"


CRÍTICA DO PROFESSOR JOSÉ CARLOS SEBE BOM MEIHY PARA O MEU LIVRO : "MEMÓRIA DE TODAS AS OUTRAS"

"Desde as primeiras linhas, senti a leitura de Garcia Márquez que, aliás, se presta como epígrafe. E o escritor colombiano mostrou-se como chão para o nosso novo ficcionista. Antecipo a expectativa recomendando com eloqüência o livro. E o faço menos pelo dever de honra e mais pelas qualidades do texto. Pelos defeitos também. Aliás, o livro vale por tudo...Enfim,estamos frente a novo nome na literatura local. Confiram. Vale a pena"Leia a crítica na íntegra no: http://www.jornalcontato.com.br/409/Jornal.html

CRÍTICA DO JORNALISTA ANTONIO BARBOSA FILHO PARA O MEU LIVRO: "MEMÓRIA DE TODAS AS OUTRAS" do Jornal Matéria Prima de Taubaté/SP"
Às vésperas do Carnaval,quando aguardava a concentração do "Bloco do Pereba", do Paulinho, tive a imensa alegria de reencontrar o velho amigo Gualberto Gambier, depois de uns vinte anos de afastamento geográfico mas constante saudade. Fomos colegas de escola no agora centenário IDESA, depois ele formou-se psicólogo e finalmente desapareceu de Taubaté. Na última vez em que nos vimos, muito rapidamente, ele me dissera que estava vivendo em Buenos Aires- e sempre que lá estive tinha a curiosidade de procurá-lo, mas nunca cheguei efetivamente a fazê-lo. No catálogo telefônico de Buenos Aires existem uns seis ou sete Gambier, e nunca me decidi a ligar temendo estar importunando algum xará que poderia até nem gostar de brasileiros...Naquela noite de reencontro, com tantas coisas para dizermos sobre este longo período de nossas vidas, ele me contou sobre o livro que estava prestes a publicar, uma espécie de autobiografia, focalizada especialmente em seus relacionamentos amorosos que tanto marcaram e até conduziram sua vida. Foram oito "casamentos", relações prolongadas e cheias de alegrias e dissabores, em diferentes lugares do Brasil e da Argentina. Confesso que fiquei com uma expectativa moderada, quase pessimista: tenho lido tanta autobiografia tola, de pessoas que acham suas vidas uma grande aventura e que, na verdade, têm mais pretensão e autocomplacência do que interesse para o leitor. Há até quem contrate escritores para escrever suas vidas, assim como antigamente contratavam-se pintores para fazer um retrato, atos de pura vaidade.Pois eu estava completamente enganado. Gambier teve a gentileza de trazer-me seu livro, com gentil dedicatória, enquanto eu estava ausente da cidade. Recebi -o somente no sábado à noite e na manhã seguinte fui "dar uma olhada", já que estava mergulhado em outra obra. Que maravilhosa surpresa! O livro de Gualberto Gambier, " Memória de todas as outras", é delicioso, extremamente bem escrito e pede para ser devorado de um só fôlego.
Como eu poderia adivinhar que meu amigo se tornaria dono de uma linguagem tão apurada, de tal controle narrativo, sem jamais perder a espontaneidade?Uma boa definição sobre o livro foi dada por Luzimar Goulart Gouvêa, que escreveu a orelha do volume ( que só fui ler depois de terminar todo o livro em cerca de uma hora de leitura agradabilíssima): "A personagem central da narrativa se alimenta do amor que pode dar e receber e vê na mulher e no amor a finalidade do homem." Ao contrário do que eu pensara inicialmente, não se trata de uma autobiografia, embora contenha elementos autobiográficos ( e que livro não os têm?) mas de uma riquíssima ficção na qual todos nos encontramos muito ou pouco retratados.Se Taubaté desse valor aos seus escritores esta obra estaria numa galeria das melhores obras já escritas por taubateanos - embora supere qualquer limitação geográfica ou bairrista. Recomendo com entusiasmo que leiam esse livro - vão guardá-lo com carinho em sua memória e seu coração, documento humano brilhante que é."

4 comentários:

  1. Hoje acordei preocupado!
    Sonhei constante com coisas que não queria, mas não tem jeito, os meus sonhos são meus e eu sou responsável por todos eles.
    Talvez, e aí sim,eu tenha que percorrer novos caminhos! Eu, que estava tão bem acomodado desse lado, sou levado a descobrir o outro lado do rio!
    Vamos lá!

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  2. Li que o presidente Lula acha que nunca viu uma religião fazer mal as pessoas. Incrível, e os trezentos anos de inquisição no Brasil?
    O homem, além de tudo, é realmente um boçal!

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  3. Tenho a fantasia de que as pessoas leiam o meu livro,não me importo se gostam ou não, só não queria sentir a indiferença,essa sim é trágica!

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  4. Olá lucila, como vai? Agora estou mais tranqüilo, fui ao oculista e estou meio sem enxergar, mas como conheço o teclado, resolvi escrever essa mensagem. Não consegui ler o que você escreveu em sua mensagem; vou continuar a mesma que mandei anterior
    Hoje pela quando li sua mensagem, no mesmo momento tentei entender o que você quis dizer com a palavra “dengo”. Lingüística é uma coisa complicada, ou entendemos a linguagem do outro ou nos confundimos com seu conteúdo. Busquei no dicionário a semântica: pode ser carinho, afeto, e até mesmo, e como entendi “frescurinha”, ou “pessoa enjoada”.
    Então, primeiro resolvi escrever uma pequena explicação da minha mensagem, não sei se devia, afinal nem tudo que escrevemos deixo claro, mas senti que tinha essa obrigação. “Clarear a nossa comunicação”.
    Quero falar um pouco de mim: Amiga, não tenho dengo no sentido de frescura. Carinhoso? Sou sim, muito, com as pessoas e com a vida. A generosidade é uma da poucas coisas que nos restam de importante em uma vida apegada ao consumismo, ao sucesso sem limites, a produção e a “felicidade no ter muito”, não importando em quem pisamos. Não é mesmo?
    Não leio livros de alta ajuda porque não necessito de ter mais do que tenho, e não uso do meu tempo para competir à busca da superação e do sucesso. Uso do meu tempo para escrever, ler e produzir cultura e me relacionar com pessoas que me aceitam como sou e me queiram ao lado.
    Quem sou eu? Não sei. “O que eu não sou, eu sei.”
    Só sou feliz no acaso, não consigo ser feliz por merecimento, Que graça tem? Caso eu gaste muito dinheiro para promover meu livro, posso até vendê-lo bem, afinal seria merecimento. Mas vendê-lo por simplesmente as pessoas gostarem, daí sim é uma grande felicidade. Ser amado por uma pessoa porque sou bom, que graça tem? Mas ser amado quando menos esperamos daí sim, que grande felicidade!
    Não acredito em nenhuma igreja, ou religião, estudei antropologia o suficiente para não me enganar. Em Deus? Tenho minhas dúvidas, e não acho que seja importante pensar após a morte, porque deixamos de viver. Acho que a religião católica é uma das piores instituições que estão aí. Mataram milhões de pessoas na idade média e no Brasil tivemos 300 anos de inquisição que nos trouxe pobreza moral e intelectual. Acho mesmo que se trata de um câncer em nosso meio.
    A mitologia por mitologia prefiro à grega, como literatura, maravilhosa. A mitologia Hebraica é uma literatura pobre, platônica e chata.
    Tenho alguns autores que me encantam: Sófocles, Miguel de Cervantes, Dostoievski, o grande Nietzsche, Kafka, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Marcel Proust, ai! Tantos e tantos... Acho que hoje o meu grande prazer é a leitura que começou aos meus onze anos, com Monteiro Lobato, lindo, poético... Embalou a minha infância.
    Finalmente amiga, a minha vida é simples, e gosto mesmo é de amigos. Não sou absolutamente modelo para ninguém e não procuro modelos para me espelhar, acho isso doente. “Sou a soma de todas as pessoas que se relacionaram comigo na vida, então posso afirmar: É o outro que me confirma como pessoa”
    Tenho animais, sempre os tive. Hoje dois gatinhos que são tratados dignamente como família. Para mim todo o universo me abraça e também me come, afinal a morte é inevitável.
    Tenho um filho de quinze anos que está muito distante de onde moro e sinto muitas saudades, mas a vida segue feliz para um menino jovem.
    Quanto a você, espero realmente que sejamos amigos, afinal para que vivessem?
    Um grande beijo, do amigo Gualberto

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